Dando continuidade ao ciclo online sobre Mulheres e Música que o Centro de Cultura e Intervenção Feminista (CCIF/UMAR) iniciou a 20 de Novembro de 2020, anunciamos a nossa próxima sessão desta 5.ª feira, 21 de Janeiro às 18h (hora PT) [19h na Galiza], sobre o papel das mulheres na música popular e tradicional – com foco em testemunhos e reflexão sobre a sua representatividade e experiências de emancipação.
Este evento é uma iniciativa conjunta do CCIF/UMAR e o CEG-Centro de Estudos Galegos da FCSH-UNL, com a colaboração do departamento de Estudos Galegos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro- UERJ e da equipa do Modelo Burela da Galiza.

As nossas CONVIDADAS serão Margarida Silva e Teresa Rebelo, co-fundadoras do grupo vocal de mulheres CRAMOL de Oeiras; Mercedes Peón, folclorista, intérprete e compositora da Galiza; e Soraia Simões de Andrade, historiadora da música e pós-graduada em Estudos de Música Popular.
» CRAMOL – Grupo de Canto Tradicional de Mulheres fundado em 1979 em Oeiras/Portugal. Até hoje, o grupo, em que mais de metade das cantoras é da formação original, faz parte de uma associação ligada à Biblioteca Operária Oeirense.
Entrecruzando em canto, o sagrado e o profano, o ciclo da vida, da natureza e o religioso, o CRAMOL procura dar a conhecer o canto da mulher rural no seu quotidiano, um património imaterial ainda vivo, cujas polifonias tradicionais são das mais ricas da Europa. As representantes do CRAMOL nesta sessão serão MARGARIDA SILVA E TERESA REBELO.
» MERCEDES PÉON – nascida em 1967, iniciou o seu percurso na música com 13 anos, ao ouvir cantar algumas mulheres da Costa da Morte, Galiza. Após aprofundar na tradição durante mais de 25 anos e de transmitir todo este conhecimento por meio da docência nas escolas municipais, na Televisão da Galiza e nas Universidades da Sorbona, do Porto e de Gales, em 2000 gravou o seu primeiro disco Isué. Expressou-se livre de clichês e deu-se a conhecer através do circuito internacional sem qualquer tipo de esforço promocional. Em obras posteriores, Ajrú , 2004, Sihá de 2007 e Sós (2008), as suas composições transportaram-na a uma atmosfera particular na fronteira com a eletro-acústica, criando o seu selo próprio dentro e fora das fronteiras galegas. O último trabalho, Déixaas é o resultado de um intenso período de investigações sobre as possibilidades da arte do som, área em que é referente internacional.»
» SORAIA SIMÕES DE ANDRADE – é Historiadora da Música, pós-graduada em Estudos de Música Popular e mestre em História Contemporânea pela FCSH. É doutoranda em História na NOVA/FCSH e é investigadora integrada do centro História, Territórios e Comunidades (pólo na NOVA FCSH do CEF da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra). Fazem parte da sua investigação a história oral, a relação entre música e cultura com sociedade, memória e género. Dirige a Revista Mural Sonoro e a Associação Mural Sonoro. Realizou o documentário A Guitarra de Coimbra para a RTP2 (2019).
INSCRIÇÕES GRATUITAS PARA: centroculturafeminista@gmail.com