MANIFESTO DA UMAR.

8 DE MARÇO. UM GRITO DE REVOLTA PELA DEFESA DA PAZ E DA NOSSA CASA COMUM – O PLANETA TERRA

No dia 8 de março a UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta vai estar nas marchas e manifestações contra todo o tipo de discriminações, na luta contra o machismo, o racismo, a lesbofobia, solidarizando-se com as mulheres de todo o mundo, na greve feminista e em todas as ações que defendam os nossos direitos.

Insurgimos-nos contra a guerra e a invasão da Ucrânia e contra este sistema de guerra permanente em que vivemos, com conflitos localizados em regiões que são sacrificadas em prol da acumulação de poder por parte das superpotências. Como tem acontecido em muitos outros lugares do mundo, são sempre os povos, especialmente as mulheres, as pessoas LGBTQIA+, racializadas, as crianças e as pessoas mais velhas quem mais sofrem, devido ao mesmo sistema patriarcal que manda os homens para as guerras e que os mata. O mesmo sistema legitimado pela NATO, que vê nesta guerra uma oportunidade para se reforçar e para defender a corrida ao armamento, cujos gastos serão pagos por todas e todos nós. Bem sabemos que aqui não há “maus”, nem “bons” mas sim interesses políticos, militares e económicos que são colocados à frente de vidas humanas e da vida do planeta.

Manifestamos, por isso, a nossa solidariedade com o povo ucraniano e com todos os povos forçados a abandonar as suas casas e a procurar refúgio noutros países devido à ganância dos estados imperialistas. Solidarizamo-nos com as/os habitantes da Rússia que reúnem esforços para condenar a invasão, e que estão persistentemente a sofrer consequências pelos seus protestos. Mais do que as poderosas oligarquias da Rússia, será o povo russo quem mais vai sofrer com as sanções internacionais.

Neste 8 de março, queremos lançar um grito de revolta também contra quem destrói o nosso planeta – a nossa casa comum. Os governos movidos por grandes interesses económicos, que dominam o sistema em que vivemos, fingem preocupar-se com a emissão de gases com efeito de estufa, que resultam de indústrias altamente poluentes, do uso de fertilizantes químicos, da queima de combustíveis fósseis.

Abatem-se florestas que são o pulmão do planeta, apoiam-se projetos de mineração a céu aberto, como está a acontecer em Portugal com a exploração do lítio e de outros minerais. Para além da contaminação dos solos e da água e da destruição ambiental, transformam terrenos agrícolas em crateras, libertam poeiras nocivas à saúde, contaminam a água e os solos e descaracterizam a paisagem à volta das aldeias.

As mulheres têm tido um papel fundamental nas lutas contra a mineração em Portugal, porque são elas que resistem à desertificação das aldeias, protegem as comunidades e estão na linha da frente das principais lutas ambientalistas. A crise energética, que já piorou devido à guerra na Ucrânia, servirá agora para legitimar, mais ainda, a destruição de cerca de ¼ do nosso território com projetos mineiros.

As alterações climáticas estão aí, afetando as nossas vidas. Tempestades, cheias desastrosas, temperaturas elevadíssimas, destroem casas, causam mortes fora do tempo. Secas calamitosas que transformam a terra produtiva, pronta a receber sementes, em terra gretada e árida. As mulheres, que vivem nas nossas aldeias de uma agricultura de subsistência, sentem no dia a dia esta situação.

Em todo o mundo, as mulheres são mais de metade da mão de obra agrícola e são, ainda, as principais utilizadoras de recursos naturais como a água.

Em muitos países africanos, as mulheres e as raparigas chegam a gastar mais de 8 horas diárias para transportar, entre 15 e 20 litros de água, por viagem, para poderem abastecer as suas casas. Quando se ausentam de casa durante muitas horas, estão sujeitas a violência doméstica por parte dos seus companheiros. Com as alterações climáticas têm de percorrer ainda mais quilómetros para conseguir encontrar um furo de água, muitas vezes, obsoleto.

O desigual acesso à água e a falta de infra-estruturas sanitárias afetam a vida das mulheres, constituindo obstáculos no acesso das raparigas à escola. As condições ambientais contribuem significativamente para a propagação de doenças contagiosas que muiats vezes resultam em morte.

A crise climática também se conjuga com a crise dos cuidados, porque as mulheres estão mais sujeitas a desastres climáticos extremos, devido ao seu esforço diário para garantir a sobrevivência alimentar da família e em serviços de cuidado, que deveriam ser públicos, mas onde as mulheres são predominantes e mal pagas. A valorização do trabalho reprodutivo, baixo em emissões de carbono e liberto da divisão sexual, constitui uma forma de construir uma sociedade mais solidária.

Ao mesmo tempo que somos as mais afetadas pela destruição da vida, têm sido as mulheres a liderar, cada vez mais, o combate às alterações climáticas, principalmente as mulheres indígenas que, historicamente têm vindo a cumprir um papel central na preservação das suas culturas e modos de vida, na proteção dos ecossistemas e da biodiversidade, lutando pela sustentabilidade dos recursos naturais. Têm-se insurgido, diariamente, contra a desflorestação, a mineração, a construção de barragens, termo-elétricas, minas e comboios turísticos, contra a contaminação de rios e lagoas.

O atual modelo de desenvolvimento económico, assente no chamado “progresso”, que tem por base a destruição da natureza e a sobre-exploração de recursos naturais, tem vindo a ser acompanhada pelo aniquilamento e repressão dos povos indígenas e dos seus modos de subsistência e de vida.

A UMAR, que recebeu em Coimbra e S. Pedro do Sul, a Caravana Zapatista, em Portugal (novembro de 2021), opõe-se veementemente à ofensiva repressiva que, à escala global, persegue, criminaliza e assassina os povos indígenas que têm protegido a vida de todas e todos nós que vivemos neste mundo.

Por esse motivo, a UMAR está com os povos originários que resistem e lutam por um mundo mais justo, igualitário e com base na preservação da vida, tal como as companheiras zapatistas, do México e as mulheres curdas de países do Médio Oriente e tantas outras, que arriscam as suas vidas por todos e todas nós e cuja coragem e força nos inspira a lutar.

A 25 de março haverá a Greve Climática Estudantil na defesa de uma transição energética justa, que defenda os ecossistemas e a Vida no Planeta. A UMAR apela à mobilização de mulheres e raparigas para esta ação.

ECOFEMINISMO EM DEFESA DA NOSSA CASA COMUM – O PLANETA TERRA!

ESTE É O NOSSO TEMPO E É AGORA QUE TEMOS DE ATUAR!

Lisboa, 7 de março 2022

A direção da UMAR

Colaboração da UMAR no Olhares do Mediterrâneo – Women’s Film Festival

Este ano, a UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta através do nosso Centro de Cultura e Intervenção Feminista (CCIF/UMAR) volta a colaborar com o Olhares do Mediterrâneo – Women’s Film Festival, que já se encontra na sua 8.º edição. Este é 1.º Festival de Cinema em Portugal dedicado à cinematografia feita por mulheres do Mediterrâneo, com edições anuais desde 2014.

A 8.ª edição do Olhares do Mediterrâneo – Women’s Film Festival traz ao público lisboeta, de 10 a 14 de Novembro, no Cinema São Jorge, 45 filmes 📽 (curtas e longas-metragens), a maioria dos quais em estreia nacional e cinco em estreia mundial.

A explorat o catálogo e o programa e desfrutar dos filmes (quatro secções competitivas: Longas, Curtas, Travessias e Começar a Olhar), mesas redondas, masterclasses e workshops para adultos e crianças: https://www.olharesdomediterraneo.org/

Esta edição conta com Joana Sales, coordenadora do CCIF/UMAR e dirigente da UMAR, como um dos membros do júri da Competição Geral Curtas, juntamente com a realizadora independente Teresa Sala e a jornalista crítica de cinema Annie Gava.

A programação Competição Geral das Curtas encontra-se aqui: https://www.olharesdomediterraneo.org/competicao-geral-curtas/

No Domingo, 14 de Novembro às 18h na Sala2 do Cinema São Jorge, seguidamente à visualização do filme Elas Também Estiveram Lá poder-se-á assistir à Mesa Redonda MULHERES NA RESISTÊNCIA E NA REVOLUÇÃO na qual participará Manuela Tavares da UMAR, com with Dima Mohammed (ArgLab, IFILNOVA, NOVA FCSH) Joana Craveiro (realizadora director Elas Também Estiveram á) e Clara Jorge (uma “filha da clandestinidade”).

Programação completahttps://www.olharesdomediterraneo.org/grelha-programacao_om2021

Não percam as fantásticas obras realizadas por mulheres da zona do Mediterrâneo que este Festival nos dá a possibilidade de descobrir.

Um projecto do grupo Olhares do Mediterrâneo e do Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA).

Sugestões culturais do Centro de Cultura e Intervenção Feminista (CCIF/UMAR) para a Umbigo Magazine!

O Centro de Cultura e Intervenção Feminista (CCIF/UMAR) saiu no dia 8 de Março, na Umbigo Magazine! Demos uma contribuição para a rúbrica “5 Sugestões Culturais” que esta revista cultural de referência mantém desde a quarentena.

Sugerimos assim um livro, uma música, um filme, um projecto e uma entrevista.

Dentre as sugestões dadas, desvelamos a música Deixaas, da artista feminista galega de renome internacional, Mercedes Peón, participante da nossa sessão “Mulheres e Música. Representatividade e Emancipação na Música Popular e Tradicional” a 21 de Janeiro de 2021 (para quem não esteve connosco nesse evento, poderá ver o vídeo, aqui).

Mercedes Peón compositora instrumentista e vocalista galega, é considerada uma das mulheres mais carismáticas do circuíto da world music. Depois de aprofundar a tradição galega durante mais de 15 anos de investigação, em 2000 gravou o seu primeiro disco Isué. O tom do seu álbum de estreia foi tão forte e enérgico que ela se tornou sua própria marca. Peón misturou com mestria a tradição da gaita de foles e da percussão com a poderosa sua voz.

Deixaas é uma metáfora ancorada na indústria naval de Ferrol (Galiza) e uma crítica à construção social do género.

Uma amálgama de habilidade musical e de vanguarda criativa que retém a essência das preocupações actuais na música da compositora: identidade, género, crítica feminista, estética, linguagem, pertença, tensão global-local.

Este artigo completo com as sugestões do CCIF/UMAR poderá ser acedido neste link: https://umbigomagazine.com/pt/blog/2021/03/08/5-sugestoes-culturais-equipa-ccifumar

Saber mais sobre esta revista independente de arte e cultura em: https://umbigomagazine.com/pt ou https://www.facebook.com/umbigomagazine

MANIFESTO 8 MARÇO 2021 DA UMAR

8 DE MARÇO 2021

JUNTAS COM A FORÇA DAS NOSSAS REIVINDICAÇÕES!

Foi há muitos anos que milhares de trabalhadoras se levantaram com a força das suas reivindicações: 8 horas de trabalho, condições de trabalho dignas, igualdade salarial.

O percurso tem sido longo, com avanços e recuos, períodos de maior visibilidade dos feminismos na sua pluralidade e silêncios ainda não quebrados. De facto, nas palavras da filósofa e ativista Angela Davis, “a liberdade é uma luta constante”, assim como para a Simone de Beauvoir, ela é “(…) a nossa própria substância”, pelo que não devemos aceitar qualquer sujeição. E, como afirmou a feminista negra e lésbica Audre Lorde: “Eu não sou livre, enquanto alguma mulher não o for”.

Neste 8 de março, não podemos deixar ninguém para trás com as suas reivindicações que são múltiplas, porque são múltiplas as discriminações que ainda recaem sobre as mulheres. Como afirma Maria Gil, ativista feminista de etnia cigana: “Ainda há muitas vozes por ouvir”.

O sistema em que vivemos, patriarcal e de capitalismo selvagem, destrói o planeta, exacerba o racismo, a homofobia, a transfobia, promove a violência, invisibiliza e agride quem é diferente, quem sofre com a falta de uma vida autónoma na deficiência, quem quer viver de acordo com a sua identidade e expressão sexual, quem vem de outros países a fugir à fome e à guerra, e faz das mulheres as suas principais vítimas.

A falta ou o não reconhecimento de direitos abrange todas as mulheres, desde as trabalhadoras da área social, da saúde, às do setor terciário, mas sobretudo as dos setores da economia invisível, as empregadas domésticas, da limpeza, as cuidadoras informais, trabalhadoras do sexo, bem como as mulheres das zonas rurais, mulheres em situação de sem-abrigo, mulheres imigrantes, mulheres trans.

A situação pandémica tem agravado todas as discriminações e desigualdades.

A precariedade, o desemprego, a sobrecarga com o trabalho em casa e de educação das crianças têm o rosto de milhões de mulheres em todo o mundo. Em muitos países, jovens raparigas sofrem mutilação genital feminina e são casadas à força. São também as mulheres que mais sofrem com os efeitos devastadores da crise ambiental.

Apelamos à solidariedade com a greve feminista internacional, compreendendo os constrangimentos na sua adesão plena pelas questões sociais e económicas que se colocam, resultantes da situação pandémica e do confinamento.

A força das nossas múltiplas reivindicações passa por exigir:
Direito a uma habitação digna, pois existem muitas mulheres em situação de sem-abrigo que vivem em condições desumanas com as suas crianças;
Campanhas contra a mentalidade machista, sexista e misógina, que está na base da violência contra as raparigas e mulheres na intimidade, do assédio e da violência sexual;
Afastamento dos agressores de Violência Doméstica da casa de morada de família, aquando da denúncia do crime, com aplicação de medida de afastamento que proteja as vítimas deste crime;
Fim dos despedimentos com base na discriminação de género e da precariedade, possibilitando a subida nas carreiras e o acesso a lugares de decisão;
Direito à igualdade salarial e a salários dignos;
Direitos para as/os cuidadoras/es informais, nos serviços de apoio e domésticos, realizados, maioritariamente, por mulheres imigrantes e/ou racializadas;
Valorização do trabalho de reprodução social, com estímulo para a partilha de tarefas e para a criação de serviços públicos de apoio;
Direito a cuidados de saúde dignos e humanizados, que respeitem a autonomia das mulheres e a sua soberania sobre os próprios corpos;
– Garantia de condições para que as pessoas com deficiência tenham direito a uma vida o mais autónoma possível;
Intransigência legal e social face ao racismo e à ciganofobia, estimulados por discursos xenófobos e pela extrema-direita;
Combate à transfobia, lesbofobia e bifobia, porque cada pessoa é livre de protagonizar a sua própria vida sem sofrer discriminações;
Defesa da biodiversidade e dos recursos naturais do planeta, do direito à terra, à água e à soberania alimentar.

Estas reivindicações podem desmultiplicar-se em muitas outras, mas surgem como aglutinadoras da nossa força neste 8 de março.

A UMAR apela a uma mobilização reivindicativa nas redes sociais, que faça eco destas e de outras contestações feministas para este 8 de março.

Dando corpo ao mote “se as mulheres param, o mundo para”, apelamos à adesão da campanha #SeEuParar – divulgação livre e espontânea de um pequeno vídeo que explique “Se eu parar… (o que fica por fazer)?” – que tem como objetivo potenciar a consciencialização coletiva do trabalho produtivo e reprodutivo exercido pelas mulheres e criar uma maré feminista agregadora de todas as atividades que terão lugar no dia 8 de março.

Juntas, pela liberdade, com a força das nossas reivindicações!
A UMAR – UNIÃO DE MULHERES ALTERNATIVA E RESPOSTA

E que venha 2021, com muita cultura feminista!

Após um ano atípico e exigente a todos níveis, com impacto muito assinalável para a vida das mulheres, raparigas e pessoas não binárias, a UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta deseja a todas/xs um melhor ano para 2021, e que consigamos dar mais passos rumo a uma sociedade mais feminista, justa e igualitária.

Após sessão de ontem, a 30 de Dezembro de 2020, do Centro de Cultura e Intervenção Feminista (CCIF/UMAR) dedicada à partilha de leituras da obra de Clarice Lispector, escrevemos-vos na véspera de Ano Novo no comprometimento de continuação da promoção e usufruto de uma cultura feminista, produzida por mulheres e/ou com uma forte perspectiva de género e feminista, contribuindo para a divulgação do trabalho das criadoras de cultura, qualquer que seja a sua expressão (literatura, artes visuais, artes performativas, música, etc.).

A nossa programação em 2021 continuará a ter uma forte componente de reflexão feminista sobre temas que nos afectam, sendo 2020 um bom exemplo do CCIF/UMAR de rápida adaptação e superação das dificuldades trazidas pela pandemia de Covid-19, tendo voltado a programação cultural exclusivamente para o ambiente online logo a partir da segunda quinzena de Março de 2020.

Foi ainda no primeiro trimestre que não deixámos morrer o ciclo até então presencial e mensal “Leituras Partilhadas”, duplicando a sua periodicidade de mensal para quinzenal e tornando-o acessível em qualquer lugar do mundo à distância de um clique. Periodicamente, este ciclo passou a incluir sessões de leitura temáticas, para divulgar, reflectir e celebrar obras de grandes escritoras como Maria Velho da Costa (um mês após a sua morte) ou Clarice Lispector (no mês do centenário do seu nascimento). Adicionalmente, por ocasião do Dia das Bruxas, realizámos uma roda de leitura sobre o tema da perseguição histórica às mulheres.

Para ajudar a combater o isolamento e incerteza das primeiras semanas da quarentena criámos, em Abril de 2020, o ciclo online “Conversas Soltas” que, desde então, organizou quase 2 dezenas de sessões online sobre várias temáticas intrínsecas à vida e aos direitos das mulheres e raparigas, como: os feminismos na actualidade; precariedade na cultura; crise na habitação; sexismo e idadismo; gordofobia; violências de género; mulheres migrantes; criadoras literárias e musicais; saúde das mulheres ou Pequim +25.

Além destes ciclos culturais e de intervenção feministas e das iniciativas presenciais dinamizadas pré-pandemia no nosso espaço em Lisboa/Alcântara, celebrámos novas parcerias com a plataforma cultural Gerador, Olhares do Mediterrâneo – Women’s Film Festival ou a STOP Gordofobia e demos continuidade a outras já estabelecidas como a Academia Galega da Língua Portuguesa, FEM TOUR TRUCK – Festival Itinerante de VideoArte Feminista, TransMissão: Associação Trans e Não-Binária ou a Revirada revista feminista.

Entretanto, desvelamos que outras iniciativas e parcerias têm vindo a ser preparadas, as quais ir-se-ão desabrochar ao longo de 2021!

Sigam-nos aqui no WordPress e na nossa página de facebook para ficarem a par das nossas iniciativas e notícias nacionais e internacionais que digam respeito à cultura feminista.

EM SETEMBRO DE 2021 CONCLUIREMOS 10 ANOS DE CONTÍNUA PROGRAMAÇÃO CULTURAL FEMINISTA, INTERNACIONALISTA E INTERSECCIONAL. 10 Anos em que, muitas vezes em esforço e sem qualquer tipo de apoio externo, não desistimos do nosso sonho de tentar disponibilizar da forma mais acessível possível ao maior número de pessoas, actuais criações culturais e artísticas assim como debates feministas.

Terminamos reiterando a nossa solidariedade para com todas as pessoas, sobretudo do sector cultural, que enfrentaram um grande revés em 2020.

Que 2021 finalmente traga o real reconhecimento do valor e papel da cultura para a sociedade!

Saudações Feministas e Rebeldes do CCIF/UMAR

O Centro de Cultura e Intervenção Feminista (CCIF/UMAR) em reportagem na Revista Gerador

O Centro de Cultura e Intervenção Feminista (CCIF/UMAR) foi uma das entidades seleccionadas pela Revista Gerador (periodicidade bimensal, edição impressa e digital) para realização de uma reportagem sobre projectos culturais feministas em Portugal.

Tendo entrevistado Joana Sales, coordenadora do Centro de Cultura e Intervenção Feminista (CCIF/UMAR), é connosco que esta reportagem se inicia e termina.

«Sendo o CCIF “um lugar de fala”, privilegia testemunhos na primeira pessoa e um diálogo constante entre o(s) tempo(s). Pela proximidade à cultura e às suas intervenientes, este braço da UMAR olha ao microscópio as questões de género dentro de um setor que “ainda não as reconhece”.»

Pelo meio, dá a conhecer outros projectos culturais feministas contemporâneos como o projecto Herchive (arquivo visual dedicado à representatividade de artistas mulheres e não-binárias) do qual fomos parceiras este ano no lançamento do seu livro na já extinta Ó Galeria! de Lisboa; a Revista Faces de Eva de que temos a sua colecção quase completa no nosso centro de documentação para consulta gratuita; ou o último livro de Lúcia Vicente, autora que em Outubro de 2019 que já apresentou no nosso espaço um dos seus livros, “Feminismo de A a Ser”.

A conhecer também as Wiki Editoras Lx, o Coletivo PELE e o projecto Feminismos sobre Rodas!

Ler aqui a reportagem. Boas leituras!

Pequena homenagem a Maria Velho da Costa 1938-2020

No passado Domingo, 24 de Maio de 2020 a UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta preparou, assim que soube da morte da Grande escritora Maria Velho da Costa, uma das 3’s Marias, cuja obra teve grande impacto para as mulheres e os feminismos em Portugal, um pequeno apontamento em sua homenagem.

Ficam assim, espelhados também nesta página, uma singela compilação de citações e textos fabulosos (há muitos mais, claro, sua obra é fantástica e extensa), mescladas com palavras nossas de admiração.

Com uma obra sempre inspiradora para o nosso activismo político, académico e cultural, continuaremos a homenageá-la quando possível, nomeadamente numa das próximas sessões online das Leituras Partilhadas que se realizará no dia do seu aniversário, 26 de Junho.

Mais novidades do Centro de Cultura e Intervenção Feminista (CCIF/UMAR) para breve!

Teremos uma programação repleta em Junho!

Nota sobre o falecimento de Luís Ribeiro

Foi com tristeza que Centro de Cultura e Intervenção Feminista (CCIF/UMAR) soube no passado dia 3 da súbita e totalmente inesperada morte de Luís Ribeiro, Professor no Instituto Superior Técnico, um cientista e activista ambiental ímpar e um cidadão solidário de várias causas emancipatórias.

Amigo da UMAR e do nosso centro, Luís Ribeiro, enquanto cinéfilo e melómano comprometido com as questões da igualdade de género, contribuiu entre 2011 e 2015 para a programação cultural do Centro de Cultura e Intervenção Feminista (CCIF/UMAR), tendo co-coordenado os 2 primeiros Ciclos de Cinema CineMulheres; co-organizado a sessão “Mulheres Compositoras do séc. XII ao séc. XXI” e participado no evento do 39.º Aniversário da UMAR com a dinamização de um momento sobre as mulheres na história da música.

Luís Ribeiro a dinamizar uma sessão sobre mulheres na história da música no CCIF/UMAR.
Setembro de 2015

Um muito obrigada Luís Ribeiro pela tua solidariedade e generosidade com que partilhaste momentos culturalmente muito ricos, tendo apoiado a realização de eventos de grande qualidade, de reflexão e de resgate da memória das mulheres na cultura – enquanto autoras e/ou protagonistas.

As nossas sentidas condolências à família, nomeadamente à sua mulher e associada da UMAR, Fátima Quitério.

SÁB, 31 AGO a partir das 17h30 // FEM TOUR TRUCK em Lisboa!!!

🚌FEM TOUR TRUCK – Festival Itinerante de VideoArte Feminista, colectivo artístico feminista do País Basco, irá colorir e interagir com as/xs demais este SÁBADO, 31 AGOSTO no LARGO do INTENDENTE, LISBOA, das 17h30 às 23h00 com workshops, mostra de vídeos e dj’s 📣🎊

O FEM TOUR TRUCK – Festival Itinerante de VideoArte Feminista promove os direitos das mulheres e o respeito pelas diferentes identidades de género através de ferramentas artísticas.

O FEM TOUR TRUCK é produzido pela plataforma livre de difusão cultural GUERRILLA Food Sound System e conta com o apoio do Governo Basco, do Instituto Etxepare e de outras organizações parceiras durante as itinerâncias, como a UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta.

Actualmente em digressão por Portugal, este festival já passou pelo País Basco, Estado Espanhol, França, Inglaterra, EUA, México, Colômbia e Equador.

Entrada livre!

Esperamos por vocês 🙂

50 anos de Stonewall 28 Junho 1969 – 28 de Junho 2019

Hoje, 28 de Junho, faz precisamente 50 anos que ocorreram os motins de Stonewall em Nova Iorque e que assinalam o nascimento do movimento de defesa dos direitos LGBT.

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Marsha P. Johnson e Sylvia Rivera, as duas mulheres trans que lideraram os motins de Stonewall em 1969 e que abriram caminho para o nascimento deste movimento.

Este ano marca também os 20 anos da primeira marcha LGBT em Portugal dando uma força ainda maior para sairmos à rua e marcharmos pela liberdade e igualdade de direitos para todas/xs, contra o patriarcado e o binarismo de género.

A UMAR estará uma vez mais na rua pelo aumento da visibilidade e igualdade das lésbicas, bissexuais, trans e intersexo na sociedade. Por uma também igualdade efectiva das pessoas das comunidades LGBTI+ de origem afrodescendente, cigana, migrante e/ou com deficiência, que enfrentam discriminações múltiplas.

A 20.ª Marcha do Orgulho LGBTI+ de Lisboa iniciar-se-á este Sábado, 9 de Junho na Praça do Príncipe Real (ponto de encontro da UMAR, 16h30 debaixo do grande cipreste do jardim) e seguirá até à Ribeira das Naus.

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Para ouvir, testemunho da nossa companheira Eduarda Ferreira, histórica activista lésbica e membro da UMAR, publicado hoje no Público, sobre a 1.ª Marcha LGBT de Lisboa (ano 2000).

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Clube Safo, associação lésbica do qual Eduarda Ferreira foi dirigente, na 1.ª Marcha do Orgulho LGBT em 2000. Fonte-http-portugalprideorg

Partilhamos também a ferramenta digital Stonewall Forever que permite descobrir o monumento “vivo” Stonewall Forever e explorar as suas duas colecções documentais “Life before Stonewall” e “The Stonewall Riots” que reúne testemunhos em vídeo, folhetos e fotografias de época antes e durante os motins.

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Inclui também o documentário de Ro Haber “Stonewall Forever” (21 min) que reúne vozes de mais de 50 anos de ativismo LGBTQ para explorar o legado actual deste histórico acontecimento.

Saudações feministas e anti-LesBiTransfóbicas!